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VINICOLA FIN & AS MISSÕES BRASILEIRAS

MISSÕES BRASILEIRAS

Mais que um presente, uma velha lembrança para quem é apaixonado pelo mundo que cerca o vinho, chega as minhas mãos uma garrafa e um embutido marcados de muita história.

Mas antes de tudo tenho que fazer um agradecimento ao casal Josmar Martins e Simone Croda pela velha lembrança, amigos, parceiros e família. Eu diria amantes de Bacco’s por que não.

Uma viagem à região sul do Brasil levou nossos amigos até um lugar muito especial, a região das Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul, onde puderam conhecer um pouco desta história.

Em meados de 1549 chegaram os primeiros jesuítas no Brasil, com a ideia de iniciar um processo de catequização indígena em massa e recebiam ordens do então padre Manuel da Nóbrega.

A ideia dos portugueses era unificar o território brasileiro com base no catolicismo, mas para que os indígenas compreendessem os ensinamos era preciso fazê-los a aprender a ler e escrever e para isso foram criadas algumas escolas de instrução e colégios. Aprendiam basicamente cursos de Teologia, Ciências Sagradas, Letras e Teologia.

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Os portugueses tinham em mente homogeneizar os costumes e as crenças europeias, assim tornando o Brasil como uma verdadeira colônia.

Quando os jesuítas perceberam a intenção dos portugueses de escravizar os índios, começaram um processo migratório para cidades interioranas. Passaram a ensinar a doutrina católica, orientação agrícola, fazendo com que as tribos indígenas vivessem afastadas e independentes dos colonizadores portugueses. É claro que este processo não foi tão simples, pois a medida que uma tribo era exposta aos colonizadores estes o faziam a tribo inteira de escravos.

Apesar dos colonizadores portugueses não aprovarem os trabalhos dos jesuítas as Missões brasileiras duraram aproximadamente dois séculos, mas em 1759 o então primeiro ministro de Portugal Sebastião José de Carvalho, mais conhecido como Marques de Pombal, ordenou a retirada de todos os jesuítas das colônias portuguesas. Segundo registros até aquele ano os jesuítas já haviam construído 25 residências, 17 colégios e seminários por todo território brasileiro.

E é claro que a colonização também trouxe também o cultivo da uva para o nosso território e aproveito para falar aqui da Vinícola Fin, encravada em terras cheias de histórias, um povo sabedor da dificuldade de se trabalhar com a terra e o cuidado com a natureza.

A chegada na região das Missões permitiu ao casal se encontrar com o proprietário da Vinícola Jorge Fin (3ª geração), que logo os encantou pelo seu jeito alegre e comunicativo, coisas de quem tem a paixão pelo que faz.

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De origem italiana (Vêneto) os Fin tentam manter viva as raízes e a tradição familiar na elaboração de vinhos e cultivo das videiras. Para saber um pouco mais sobre o projeto acesse: http://www.vinicolafin.com.br/principal.php

Um embutido feito com muita classe e um vinho feito com uma uva pouco explorada no Brasil, a Tannat, a não ser na região da campanha gaúcha, fronteira com nossos vizinhos uruguaios. Uma combinação perfeita e clássica no interior do Rio Grande do Sul.

Ouvir toda esta história, mais que uma vez para mim foi gratificante.

 

FRASE: “O PRODUTOR NUNCA DEVE PENSAR QUE O VINHO JÁ ESTÁ BOM, O OBJETIVO É SEMPRE MELHORAR A QUALIDADE E PARA ISSO É NECESSÁRIA A CRÍTICA, MAS APESAR DE TUDO CRITICAR PRIMEIRO A SI PRÓPRIO E SÓ DEPOIS OS OUTROS” – TIAGO MIGUEL CUCO GARCIA, ENÓLOGO RESIDENTE DA HERDADE DAS SERVAS (1978).

JOSMAR E SIMONE

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Fonte de pesquisa: www.historiabrasileira.com

Fotos cedidas pelo casal: Josmar Martins e Simone Croda

http://www.vinicolafin.com.br/principal.php

 

Saúde!

 

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